19 Jun 2012

exrcício físico x depressao

A atividade física no combate à depressão


“Depressão, o mal do século”. Já ouviu ou leu esta frase antes? Provavelmente sim. Depressão é um assunto bastante comentado na mídia e em bate-papo entre as pessoas. Diz-se que ela é uma doença e que alguns de seus sintomas são: humor deprimido a maior parte do tempo, perda de interesse por atividades antes prazerosas, perda ou aumento de peso, fadiga, baixa-autoestima, sentimentos de inadequação, etc. Conforme se diz na rua: o depressivo perde o interesse pela vida, se isola em casa, perde a vontade até de tomar banho, tem vontade de sumir, entre outros. No entanto, saiba que para o diagnóstico de depressão, segundo critérios formais usados por médicos e psicólogos, é necessário uma quantidade específica de sintomas e, além disso, que eles façam parte da vida da pessoa por um tempo determinado também. Isto é, ficar triste uma vez ou outra na vida não significa que você é doente. Para quem recebe o diagnóstico de depressão, existe o tratamento medicamentoso e o psicoterapêutico, um ou outro, ou ambos juntos dependendo do caso. Vários estudos, contudo, têm apresentado a atividade física como mais uma maneira eficaz de lutar contra esse problema. Vamos entender um pouco mais sobre depressão e, assim, ficará fácil entender como o exercício físico age sobre ela.
Primeiramente, vale dizer que nós, Psicólogos Analistas do Comportamento, não entendemos a depressão como uma doença que assombra o ser humano. Quando falamos em “mal do século” parece que a sombra, o castigo fantasmagórico da peste negra medieval paira sobre nós, mas não estamos mais na idade média para pensar dessa maneira. Que esperança esse tipo de ideia dá para as pessoas? Nenhuma. É essa forma de encarar as coisas que pode fazer com que as mudanças necessárias para evitá-las não ocorram. O ser humano tem o dom da superação. Nossa história é prova disso. Nós compreendemos a depressão como um rótulo que se dá para um conjunto de comportamentos e que esse rótulo padronizado funciona para facilitar um tratamento também formatado. Como não concordamos com isso, por razões científicas e clínicas, tomamos outro caminho.
Os “sintomas” da depressão são comportamentos, como quaisquer outros. Esses comportamentos ocorrem e são mantidos por alguma razão. Eles têm uma função na vida das pessoas. Pensem comigo: uma pessoa é depressiva por que é sempre triste, ou ela é sempre triste por que é depressiva? Nem uma e nem outra coisa. Como dizia o psicólogo norte-americano Skinner, as pessoas ficam tristes porque algo de ruim acontece com elas. A tristeza não é apenas coisa da cabeça. E quando isso ocorre elas agem: uns se levantam, ou seguem adiante, outros se recolhem. A atividade física, no meu consultório, é “receita” comum como complemento ao tratamento psicoterapêutico. Por que? Porque ela é, simplesmente, a oferta de um mundo diferente. É um contexto positivo para as pessoas e suas buscas, para que elas exercitem novos comportamentos e alterem de modo salutar aquilo que julgam necessário mudar em suas vidas. Prático assim.
Ficar em casa chorando é o mesmo que não estar na rua sorrindo, então uma hidroginástica junto com um grupo animado pode proporcionar alegria, novas amizades, sensações físicas de bem-estar, alterar as perspectivas em relação aos problemas da vida. Comer, engordar e se achar menos atraente que os outros, ou não comer e ficar muito magro significa a mesma coisa que não estar em forma e radiante, por isso, uma caminhada, correr, malhar é também uma maneira de não ter mais um motivo para sofrer.
Você pode ler os outros artigos que publiquei e entender ainda mais os benefícios psicológicos da atividade física para todos nós. O exercício também produz uma série de reações fisiológicas positivas que afetarão o cérebro combatendo a depressão. Mas, aqui, o que mais frisamos é como o exercício físico é exatamente o oposto dos sintomas da depressão. Estar deprimido é, simbolicamente, diminuir, se retrair. O “esporte” é, da mesma forma, superar, crescer, se expandir.
A vida social do deprimido entra em processo de quase extinção, uma vez que ou ele se isola, ou acaba se utilizando do encontro com os colegas para desabafar, falar de suas tristezas e dores. Muitas pessoas se afastam de gente que ESTÁ assim, por não saber como ajudar. Por isso é muito importante o papel do psicólogo esportivo no trabalho em conjunto com profissionais da Educação Física e do Esporte; e pela mesma razão o trabalho destes profissionais é tão importante para o psicólogo: saber identificar as necessidades das pessoas; as que precisam de um pouco mais de incentivo, ou um pouco menos ou mais de exigência, de um papo leve e um ambiente alto astral. Esse é o diferencial de um profissional em qualquer área. Isso é uma característica de um líder. Ao mesmo tempo em que, no consultório, o psicólogo comportamental ajuda a pessoa a sair de casa e se colocar diante das situações, ele também precisa que essas situações sejam relativamente favoráveis, entendem onde quero chegar?
Durante o treino não há muito espaço para lamentar, é preciso se concentrar na bola que vem chegando e na “tacada” certa. É mais difícil pensar em coisas ruins da vida externa quando precisamos contar quantas vezes estamos subindo e descendo uma barra com pesos, dando braçadas numa piscina, ou quando precisamos defender um golpe no tatame. Na academia que frequento toca música animada, geralmente tem pessoas sorrindo, os professores são gentis e em várias paredes está escrito: “LUGAR DE GENTE FELIZ”.
Não afunde nas sombras das lembranças, não ajoelhe diante do caos, não tenha esperança em encontrar o desespero. Lute!!! Saia da cama. “Mas, Maurício, e se eu sair para beber?” Bom, o que a bebida faz com nossa cabeça? Relaxa nosso nível de consciência, entre outras coisas. O que isso tem de diferente de ficar deitado, dormindo por horas? Nada. Você obterá um alívio momentâneo e correrá o risco de ficar pior. Não se renda. Você pode ficar muito maior que seus problemas, pois tenho certeza que, no fundo, você já É assim. Além de toda alegria e autoestima, o exercício físico pode nos proporcionar saúde e beleza. Será que vale a pena?

EXERCITE-SE!!!

musculaçao feminina

Modelando o corpo feminino – Treinamento Resistido com pesos + Aeróbio


A maioria das mulheres que me procuram para um trabalho personalizado quer emagrecer e tonificar ou aumentar pernas e glúteo, não esquecendo é claro do abdômen. Primeiro tenho que identificar a formação corporal da cliente, muitas vezes para conseguir dar o visual de uma cintura modelada é necessário aumentar o volume do glúteo e das coxas, em outras apenas reduzir a circunferência abdominal e tonificar glúteo e coxas. Converse com seu personal ou instrutor para identificar qual é a sua formação corporal e assim poderá dar um rumo correto em seus treinos.
Vou dar um exemplo básico de como podemos realizar um treinamento focando os objetivos citados acima.
Todos dias deve iniciar o treinamento com um trabalho aeróbio de intensidade média:
- 5 minutos de Bike
- 5 minutos de Esteira
- 5 Minutos de Eliptico ou Step
Alongamentos leves, não focar no aumento da flexibilidade.

TREINO COM PESOS (Treine forte buscando sempre a execução correta, nunca acabe um treino sentindo que poderia realiza-lo tudo novamente).

Caso necessite ou deseje reduzir gordura, realizar todos os dias um trabalho aeróbio de baixa intensidade:
- 10 minutos de Bike
- 10 minutos de Esteira
- 5 minutos de Eliptico ou Step

Alongamentos moderados a forte, focando flexibilidade e relaxamento.

Sugiro um treinamento com a seguinte distribuição e a organização dos exercício fica a critério dos profissionais dos locais onde realizam os treinos.

Segunda-feira: Aeróbio + Pernas, Glúteo (1 exercício) e Panturrilha + Aeróbio (opcional).
Terça-feira:  Aeróbio + Peito, Costas e Abdômen + Aeróbio (opcional).
Quarta-feira: Aeróbio + Ombro, Bíceps e Tríceps + Aeróbio (opcional).
Quinta-feira: Aeróbio + Pernas,  Glúteo (1 exercício, diferente do de segunda) e Panturrilha+ Aeróbio (opcional).
Sexta-feira: Aeróbio + Peito, Costas e Abdômen + Aeróbio (opcional).
Sábado: Aeróbio + Ombro, Biceps e Triceps + Aeróbio (opcional).

Espero que tenham gostado, um grande agraço e até o próximo post!

abdominais 2

Sobrecarga para músculos abdominais, tempo de descanso e mitos


Olá pessoal tudo bem com vocês?
Fico muito feliz que gostaram dos artigos anteriores e vamos dar continuidade seguindo esta mesma linha.
Hoje a dica é sobrecarga abdominal. Vejo muitas pessoas nas academias da vida, falando e fazendo muitos exercícios abdominais e grande quantidade volume de repetições e até mesmo variedade de exercícios, porém os músculos trabalhados são os mesmos. Devemos pensar sempre em volume, intensidade e muito importante no processo de treino ordem, execução e tempo de recuperação, que varia muito de pessoa para pessoa e objetivos específicos.
Se você quer dar uma sobrecarga e ganhar músculos abdominais a dica de hoje é:
 - Tempo de descanso: Quanto menor o intervalo, menos CP e ATP serão repostos e, consequentemente, haverá menos energia disponível para realizar a próxima série. Se o intervalo é muito curto, a energia necessária para realizar a próxima série será suprida pelo sistema do ácido lático (AL). O problema desse sistema de energia é o acúmulo de ácido lático no músculo exercitado, levando à dor e à fadiga, prejudicando o treinamento. É nos intervalos, não durante o trabalho, que o coração bombeia o maior volume de sangue para o músculo exercitado. Um intervalo muito curto de descanso diminui a quantidade de sangue que chega ao músculo treinado e, sem esse suporte de combustível quem é o oxigênio, o atleta não terá energia para completar a sessão de treinamento. Um intervalo mais longo é necessário para combater o acúmulo excessivo de ácido lático.
Uma série de fatores influencia a duração apropriada do intervalo entre séries, incluindo:
  • Tipo de força trabalhada.
  • Magnitude da carga.
  • Velocidade de contração.
  • Número de grupos musculares treinados na sessão.
  • Nível de condicionamento.
  • Tempo de recuperação entre as sessões.
  • Peso do atleta (atletas mais pesados, com músculos maiores, geralmente se recuperam mais lentamente do que atletas menores).
Sugestão de Intervalo:
- Um intervalo de 30 segundos restaura aproximadamente 50% do ATP/CP depletado
- Um intervalo de 3/5 minutos ou mais proporciona a restauração de todo o ATP/CP.
- Após treinar até a exaustão, um intervalo de 4 minutos não é suficiente para eliminar o ácido lático do músculo exercitado ou para restabelecer as reservas de glicogênio.
Fuja dos mitos.
Mito 1 – Só apenas com exercícios abdominais consigo eliminar a minha barriga.
Mito 2 – Fazer centenas de repetições de exercícios abdominais achando que está abalando.
Mito 3 – Trabalhar exercícios abdominais todos os dias para dar resultados mais rápidos.

Dicas de exercícios (quando trabalhado no mesmo dia, se não usamos outras formas de prescrição, dividido por área trabalhada separadamente).

1. Abdominal Grupado com Corda

Músculos Envolvidos: Reto Abdominal, Oblíquo Externo e Serrátil Anterior.

2. Inclinação Lateral com Cabo.

Músculos Envolvidos:  Oblíquo Externo e Tensor da Fáscia Lata e quadrado lombar.

3. Elevação de Pernas com Corpo Inclinado

Músculos Envolvidos: Reto Abdominal, Reto Coxa, Oblíquo Externo e Ilíopsoas.

Fonte: Treinamento de Força Consciente (Estratégias para ganho de Massa Muscular), editora Phorte.
Ilustrações: Nick Evans, Anatomia da Musculação.

benefícios das horas de sono

Dormir bem = perder gordura e ganhar massa magra


Que para emagrecer você precisa comer menos e se exercitar mais você já está cansado de saber, aliás, isso até parece ser um dos 10 mandamentos.
Mas, e o seu sono, como anda?
Dormir bem e às 8 horas diárias também é fundamental para que haja uma perda de gordura e ganho de massa magra. É eu disse: PERDA DE GORDURA e GANHO DE MASSA MAGRA galera…
O sono é uma necessidade subestimada na sociedade atual, gastamos horas de sono trabalhando mais, procurando entretenimento na televisão, videogames, computador e assim, buscando cada vez mais a “vida noturna”. Assim, passamos os dias a base café, energéticos e medicamentos que reduzem o sono.
Antes da era digital o axioma era “dormir cedo e acordar cedo faz um homem saudável, rico e sábio”. E por que mudamos isso, sabendo que a melhor opção para o nosso físico, para a nossa mente e para a nossa saúde?
Muitos estudos vem demostrando que a privação de sono traz resultados como, função cognitiva reduzida (pensar), alterações hormonais, mudanças negativas na pressão sanguínea, diminuição da sensibilidade a insulina e por ai vai…
A privação do sono aumenta a obesidade e os riscos associados a ela, como o risco de síndrome metabólica que inclui mudanças negativas para a saúde cardiovascular e alterações nos hormônios que promovem o armazenamento de gordura.
Estudo realizado pela American Heart Association investigou os efeitos de um curto período de sono com a ingestão de alimentos, confirmando que pessoas que ficam acordadas por mais tempo tendem a ser mais sedentárias durante essas horas de vigília e aumentam sua ingestão alimentar, principalmente com alimentos calórico, ricos em carboidratos e gorduras.
Outro estudo relacionado à massa magra, mostrou que o “estresse” em perder o sono pode ser catabólico, ou seja, pode quebrar a massa magra já existente em seu organismo. Outra explicação dada é que o sono promove processos anabólicos, permitindo assim, que o músculo seja mantido ou aumentado quando o descanso é obtido.

Portanto, afaste-se do mundo high-tech… esqueça lipoaspiração, cirurgias bariátricas, inibidores de apetite, medicamentos e vá dormir.

abdominais


 

Abdominal com elevação dos joelhos


Modo de execução: Sente-se na extremidade de um banco. Com as pernas a pender e os joelhos ligeiramente dobrados, agarre o banco. Eleve os joelhos na direcção do peito, mantendo as pernas juntas. Faça as pernas regressarem à posição inicial e repita o movimento.
Músculos trabalhados com a abdominal mais ênfase: Primário: reto do abdómen
Secundários: oblíquos, flexores do quadril (iliopsoas, reto femoral)
Particularidades do exercício: Durante o exercício, mantenha os pés juntos e os joelhos ligeiramente dobrados. Incline-se ligeiramente para trás de maneira a que o torso faça um ângulo de 45 a 60º com o banco.
Levante os joelhos até que as coxas praticamente toquem o abdómen. Ao abaixar as pernas, pare antes que os calcanhares toquem o chão, de modo a manter a tensão nos músculos. Pode aumentar a resistência do exercício se segurar um pequeno haltere fixo entre os tornozelos.