20 Jan 2010

Musculação emagrece

A musculação é indispensável para quem quer emagrecer! E além de ajudar a emagrecer, de quebra você ainda mantém sua musculatura firme, modelada e definida.
Há  muitos anos nasceu um mito que dizia que só a atividade aeróbica emagrece. Você já deve ter ouvido isto dezenas de vezes na academia… Ocorre que este mito já está sendo derrubado dia após dia por meio de inúmeros trabalhos científicos.
Em primeiro lugar é preciso entender que só existe uma maneira de emagrecer: gerando um balanço calórico negativo. Em outras palavras, gastando mais calorias do que se ingere, ou ingerindo menos calorias do que se gasta. Partindo deste pressuposto qualquer atividade física ajuda a emagrecer, pois promove gasto calórico.
A diferença básica entre o gasto calórico da musculação e do aeróbico é o momento em que ocorrem. No aeróbico o gasto calórico ocorre apenas durante o exercício, e cessa ao término do mesmo. Já com a musculação é diferente, além de gastar algumas calorias durante o treino, o organismo tem um gasto ainda maior no descanso. Ocorre que todo o “dano” causado ao músculo durante o treino, é reparado no intervalo de recuperação entre os treinos. Esta reparação tecidual do músculo requer uma grande demanda energética para ocorrer, justificando o alto gasto calórico provocado pela musculação. Certamente as calorias gastas durante uma sessão de aeróbico, são maiores quando comparadas a de um treino de musculação, mas considerando o gasto energético pós-treino, a musculação leva vantagem.
Vamos dar um exemplo prático para facilitar o entendimento deste conceito. Imagine que durante uma sessão de aeróbico você gaste 500 calorias e numa sessão de musculação gaste a metade, 250 calorias. O valor absoluto por sessão de treino é maior na atividade aeróbica, porém, este gasto se restringe apenas à sessão de treino, ou seja, você não continuará queimando calorias após o exercício. Já na musculação, além de queimar as 250 calorias durante a sessão de treino, você continuará queimando calorias na fase do repouso, pois é nessa fase que ocorre a reparação tecidual dos músculos. O mais interessante é saber que este gasto calórico gerado pela reparação tecidual ocorre inclusive e principalmente durante o sono, por ser o período em que seu organismo canaliza sua energia para fazer toda e qualquer renovação celular. Não é incrível?! Você simplesmente pode emagrecer dormindo!
E, além disso, é preciso considerar que o músculo é um tecido vivo e oxidativo, ou seja, gasta calorias apenas por existir. Portanto, quanto mais massa muscular você construir, mais acelerado será seu metabolismo e mais calorias você gastará.
Portanto, vamos construir músculos! Mãos à obra!

Aparência mais jovem do que a idade cronológica está associada a uma maior longevidade

Um estudo recentemente publicado pelo periódico British Medical Journal revela que uma aparência mais jovem do que a idade cronológica está associada a uma maior longevidade. O estudo foi realizado na Dinamarca e envolveu quase dois mil gêmeos com mais 70 anos. Os voluntários do estudo foram submetidos a avaliações físicas e cognitivas e a um teste molecular que avalia o grau de envelhecimento, chamado de extensão do telômero de leucócitos. Esse é um marcador que indica a capacidade de replicação de uma célula. O encurtamento do telômero está associado a uma séria de doenças relacionadas com o envelhecimento, maus hábitos de vida e menor longevidade.
No início do estudo, os rostos dos gêmeos foram fotografados e as fotos foram submetidas a um júri que estimava a idade de cada participante. Com um acompanhamento de sete anos, aqueles que foram considerados mais novos pelo júri foram os que viveram mais, os que apresentaram melhor desempenho físico e cognitivo, e ainda apresentaram maior extensão do telômero de leucócitos. Além disso, quanto maior a diferença de idade entre dois gêmeos julgada pelo júri, maior a chance do mais “velho” morrer primeiro.
Estudos anteriores já haviam revelado que a aparência de uma pessoa pode ser influenciada negativamente pela exposição ao sol, magreza e pelo tabagismo, assim como pode receber influência positiva por um elevado status social, baixos escores para sintomas depressivos e o fato de viver com um(a) companheiro(a). Esses estudos tinham enfermeiras geriátricas como júri para eleger a idade dos participantes. A atual pesquisa incorporou, além das enfermeiras, outros dois júris: um júri de mulheres idosas e outro de jovens do sexo masculino. Esperava-se que esse último apresentasse o pior desempenho, mas não foi o caso. Os três júris conseguiram se aproximar muito bem da idade cronológica dos voluntários.

O comentário de que um indivíduo encontra-se envelhecido para sua idade tem uma conotação de uma saúde comprometida. Esse estudo corrobora essa relação entre aparência e saúde e sugere que os mesmos fatores genéticos que determinam a aparência da pele de uma pessoa idosa, determinam também seu desempenho físico, cognitivo e sua longevidade.