.
A ração humana, uma farinha composta por cerca de dez ingredientes, virou moda. É a aposta da vez para aqueles que buscam emagrecer e cuidar da saúde. Como não há um estudo científico que ateste os efeitos positivos que a tal mistura promoveria no corpo humano, os especialistas ainda não chegaram a um consenso sobre o alimento.
.
O
nutrólogo Mauro Sisberg,
da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), condena o uso da
novidade até como complemento alimentar. "Sou a favor dos nutrientes de
sua composição, como o trigo e a
soja, mas não desta combinação e nem da dosagem. A mistura tem
sido vendida como uma solução pronta, mas não tem comprovação médica.
Uma colher desta ração não tem o poder de melhorar nada", diz.
.Outro problema, segundo Sisberg, é que não há padronização da composição da ração. "Não se sabe nem mesmo a origem desta fórmula, assim como não há validação e padronização científica sobre a dosagem ideal. Teoricamente, a mistura de cereais é feita desde a década de 1950, mas não como uma fórmula única", afirma. Até mesmo os especialistas que indicam a mistura pedem cautela para o consumo, sobretudo para quem tem alguma doença. "O hipertenso não pode consumir a farinha porque contém guaraná, assim como o diabético não pode ingerir o açúcar mascavo que há nela e o farelo de trigo pode provocar diarréia", diz a nutróloga Socorro Giorelli, da Sociedade Brasileira de Nutrologia. "Atenção ao rótulo na hora da compra! Se for fabricar em casa, veja a procedência dos ingredientes", indica ela.
.
Doutor em Ciências dos alimentos pela Unicamp, o nutrólogo Edson Credidio compara a ração à multimistura criada pela médica Zilda Arns (fundadora da Pastoral da Criança), que tinha um preço mais popular e não era usada com o objetivo de emagrecer. "Acho válido o uso da ração humana porque o brasileiro consome pouca fibra", declara o profissional. "Necessitamos de 25g a 35 g por dia e a maioria das pessoas passa longe desta medida. A farinha pode ser um complemento se for adicionada aos lanches, mas nunca deverá atuar como substituta de refeições, pois isso pode causar carências nutricionais", diz.
.
A nutróloga Ellen
Simone Paiva também é contrária à ração humana. O único
benefício verdadeiro da mistura, segundo ela, seria melhorar o funcionamento intestinal. "Como a
composição tem muita fibra, pode melhorar a flora intestinal, mas apenas
se a pessoa tiver um estilo de vida completamente saudável", opina. Em
um ponto todos os especialistas concordam: se optar pela ração humana,
não dispense o acompanhamento médico..Outro problema, segundo Sisberg, é que não há padronização da composição da ração. "Não se sabe nem mesmo a origem desta fórmula, assim como não há validação e padronização científica sobre a dosagem ideal. Teoricamente, a mistura de cereais é feita desde a década de 1950, mas não como uma fórmula única", afirma. Até mesmo os especialistas que indicam a mistura pedem cautela para o consumo, sobretudo para quem tem alguma doença. "O hipertenso não pode consumir a farinha porque contém guaraná, assim como o diabético não pode ingerir o açúcar mascavo que há nela e o farelo de trigo pode provocar diarréia", diz a nutróloga Socorro Giorelli, da Sociedade Brasileira de Nutrologia. "Atenção ao rótulo na hora da compra! Se for fabricar em casa, veja a procedência dos ingredientes", indica ela.
.
Doutor em Ciências dos alimentos pela Unicamp, o nutrólogo Edson Credidio compara a ração à multimistura criada pela médica Zilda Arns (fundadora da Pastoral da Criança), que tinha um preço mais popular e não era usada com o objetivo de emagrecer. "Acho válido o uso da ração humana porque o brasileiro consome pouca fibra", declara o profissional. "Necessitamos de 25g a 35 g por dia e a maioria das pessoas passa longe desta medida. A farinha pode ser um complemento se for adicionada aos lanches, mas nunca deverá atuar como substituta de refeições, pois isso pode causar carências nutricionais", diz.
.
.