7 May 2010

Ração humana gera controvérsias no meio médico

Ela causa repulsa pelo nome e euforia pelos benefícios que supostamente seria capaz de proporcionar: rejuvenescimento, bom funcionamento do intestino e até perda de peso, garantem os fabricantes.
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A ração humana, uma farinha composta por cerca de dez ingredientes, virou moda. É a aposta da vez para aqueles que buscam emagrecer e cuidar da saúde. Como não há um estudo científico que ateste os efeitos positivos que a tal mistura promoveria no corpo humano, os especialistas ainda não chegaram a um consenso sobre o alimento.
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O nutrólogo Mauro Sisberg, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), condena o uso da novidade até como complemento alimentar. "Sou a favor dos nutrientes de sua composição, como o trigo e a soja, mas não desta combinação e nem da dosagem. A mistura tem sido vendida como uma solução pronta, mas não tem comprovação médica. Uma colher desta ração não tem o poder de melhorar nada", diz.
.Outro problema, segundo Sisberg, é que não há padronização da composição da ração. "Não se sabe nem mesmo a origem desta fórmula, assim como não há validação e padronização científica sobre a dosagem ideal. Teoricamente, a mistura de cereais é feita desde a década de 1950, mas não como uma fórmula única", afirma. Até mesmo os especialistas que indicam a mistura pedem cautela para o consumo, sobretudo para quem tem alguma doença. "O hipertenso não pode consumir a farinha porque contém guaraná, assim como o diabético não pode ingerir o açúcar mascavo que há nela e o farelo de trigo pode provocar diarréia", diz a nutróloga Socorro Giorelli, da Sociedade Brasileira de Nutrologia. "Atenção ao rótulo na hora da compra! Se for fabricar em casa, veja a procedência dos ingredientes", indica ela.
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Doutor em Ciências dos alimentos pela Unicamp, o nutrólogo Edson Credidio compara a ração à multimistura criada pela médica Zilda Arns (fundadora da Pastoral da Criança), que tinha um preço mais popular e não era usada com o objetivo de emagrecer. "Acho válido o uso da ração humana porque o brasileiro consome pouca fibra", declara o profissional. "Necessitamos de 25g a 35 g por dia e a maioria das pessoas passa longe desta medida. A farinha pode ser um complemento se for adicionada aos lanches, mas nunca deverá atuar como substituta de refeições, pois isso pode causar carências nutricionais", diz.
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A nutróloga Ellen Simone Paiva também é contrária à ração humana. O único benefício verdadeiro da mistura, segundo ela, seria melhorar o funcionamento intestinal. "Como a composição tem muita fibra, pode melhorar a flora intestinal, mas apenas se a pessoa tiver um estilo de vida completamente saudável", opina. Em um ponto todos os especialistas concordam: se optar pela ração humana, não dispense o acompanhamento médico.
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Traduzindo os sais minerais

Sendo as proteínas, carboidratos e lipídeos denominados macronutrientes, as vitaminas e minerais por sua vez são considerados micronutrientes, esta diferença se dá de acordo com o tamanho das partículas/moléculas, macro = grande e micro = pequena. É importante salientar que ambas são essenciais para o bom funcionamento do organismo. Cada um desempenhando o seu papel.
.Os sais minerais também conhecidos somente como minerais podem ser definidos como: "Substâncias de origem inorgânica, que fazem parte dos tecidos duros do organismo, como ossos e dentes, também encontrados nos tecidos moles como músculos, células sangüíneas e sistema nervoso. Possuem função reguladora, contribuindo para a função osmótica, equilíbrio ácido-básico, estímulos nervosos, ritmo cardíaco e atividade metabólica.”
.Assim como as vitaminas não podem ser sintetizados pelo organismo e por isso, devem ser obtidos através da alimentação. Além disso, muitos minerais estão envolvidos no processo de crescimento e desenvolvimento corporal. Como componentes dos alimentos, os minerais participam do sabor, ativam ou inibem as enzimas e outras reações que influem na textura dos alimentos. Dentre os minerais existe outra subdivisão, os macrominerais (necessidade diária: 100 mg ou mais) são eles: cálcio, fósforo, sódio, potássio, cloro, magnésio e enxofre, já os microminerais (necessidade pequena diária – miligramas ou microgramas) que são: ferro, cobre, cobalto, zinco, manganês, iodo, molibdênio, selênio, flúor e cromo.
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Há ainda outros minerais que são tóxicos, assim como o chumbo, cádmio, mercúrio, arsênio, bário, estrôncio, alumínio, lítio, berílio e rubídio. É importante dizer que o excesso na ingestão de um mineral pode acarretar prejuízos na absorção e utilização de outro. Por exemplo, a absorção de zinco pode ser afetada por suplementação de ferro, enquanto a ingestão em excesso de zinco pode reduzir a absorção de cobre.
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Você pode estar pensando agora no quanto é complicado digamos que “acertar” qual a melhor forma de obter os benefícios e saúde que vem dos minerais, mas não é difícil! O hábito alimentar saudável, portanto, com uma alimentação balanceada e diversificada em todos os tipos de alimentos, normalmente é suficiente para suprir as necessidades nutricionais de minerais.
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Intolerância à frutose

O organismo de algumas pessoas apresentam uma alergia pouco comum: aversão a frutas. A doença metabólica, chamada de intolerância à frutose ou fructosemia, pode se manifestar por herança genética ou na idade avançada. Se não tratada, a fructosemia pode causar a hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue) e distúrbios no fígado.
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No primeiro caso, transmite-se por meio dos genes e se manifesta quando o bebê abandona o leite materno e começa a ingerir frutas e verduras. No segundo, com o passar dos anos, ocorre o envelhecimento do intestino, que começa a perder as enzimas que convertem os açúcares em moléculas. A frutose, açúcar presente em todas as frutas, encontra-se em maior quantidade na uva, no mel, na maçã e na pêra. Mas também está presente em alguns legumes, como a beterraba e é bastante utilizada para adoçar produtos alimentícios e bebidas.
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A quantidade de pessoas afetadas é bem menor das que sofrem de intolerância à lactose (substância encontrada em derivados do leite). A frutose dentro do organismo tem a função de converter o açúcar em moléculas mais simples para que possam ser absorvidas pelo corpo. A alergia a esta substância tem como consequência a mudança de velocidade do intestino delgado. Isso altera a enzima que digere os açúcares, que não consegue "quebrá-los" e transformá-los em moléculas. Ao ser incapaz de absorver esses açúcares, as bactérias que se encontram no aparelho digestivo as fermentam e as transformam em gases, produzindo sintomas como, distensão abdominal (inchaço), flatulência, dispepsia (má digestão), irritabilidade, icterícia, vômitos e convulsões.
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No momento em a pessoa sinta dores estomacais após o consumo de frutas ou produtos açucarados é importante que consulte um médico e nutricionista para checar se é portador da doença. No diagnóstico, são realizados exames simples e testes para verificar se os níveis de açúcar no sangue estão baixos e de tolerância à frutose. O único tratamento possível contra a intolerância é a retirada da frutose e da sacarose da alimentação. Para isso, a pessoa deve determinar quais alimentos contêm açúcar. Uma dica é ler as indicações nos rótulos e nas embalagens dos alimentos. 
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Intolerância ao glúten

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O glúten é uma proteína presente no trigo, aveia, centeio e cevada, e em todos os seus derivados. Algumas pessoas podem ter uma maior sensibilidade à esta substância em decorrência dos anos de grande consumo, já que nossa dieta é rica em pães, macarrão, biscoitos, barras de cereais e tantos outros produtos enriquecidos com esta proteína.
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Pesquisas recentes vem mostrando, inclusive, a relação entre o alto consumo de glúten e prisão de ventre e doenças inflamatórias, incluindo obesidade e artrite. Qual é a solução? Não abusar, substituindo o glúten por tapioca, polvilho, fécula de batata, farinha de milho, farinha de arroz, farinha de mandioca, araruta, quinua, farinha de linhaça, dentre outras opções. Se você gosta de fazer tortas ou bolos, deixe pronta uma mistura que substitui a farinha de trigo:
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3 xícaras de farinha ou creme de arroz
1 xícara de fécula de batata
1 xícara de polvilho doce
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Para farinhas utilizadas em empanados: misturar, peneirando, farinha de mandioca com farinha de milho.
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Dica da Nutricionista - Andréia Torres





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