25 Jun 2010

Explicando a compulsão alimentar

Praticar atividades que dão prazer é saudável. Mas a situação muda quando a busca de prazer se torna tão imperativa que a pessoa perde o controle. A capacidade de tomar decisões.
É algo irracional que pode afetar qualquer um. Geralmente são pessoas perfeccionistas, severas e rígidas, apesar de dotadas de uma personalidade cheia de traços positivos, mas que não conseguem controlar seus impulsos: pecam na hora de tomar “a decisão de parar ou nem começar” e não conseguem priorizar, nem planejar nada para debelar tal comportamento.
Tais pessoas são portadoras do que os psiquiatras chamam de transtornos da impulsividade. A pessoa se sente obrigada a realizar a compulsão para esquecer seus problemas; seus vazios – verdadeiros ou não.
A compulsão alimentar se caracteriza pela ingestão de grandes quantidades de alimento, mesmo quando a pessoa não está com fome. Ela “come” por ansiedade, estresse ou outra emoção negativa, como a frustração e a inadequação.
Compulsão alimentar é um transtorno sério que afeta 3 a 5% dos homens e mulheres americanos. Ela pode ser temporária (ou epsódica) ou patológica. Ela tem base em quadros de ansiedade e muitas vezes pode fazer parte de um diagnóstico de depressão.

Características da compulsão alimentar:
1. Ingestão de grande quantidade de alimentos num período curto de tempo. Existem casos de pessoas que chegam a ingerir 5.000 calorias em um período de 2 horas (compulsões graves). Estes epsódios são chamados de “ataques” de compulsão alimentar e não são motivados apenas por uma fome orgânica. Mesmo que exista a fome orgânica, "gatilhos" de fundo psicoemocional, normalmente ligados ao afeto e ao humor, também estão essencialmente acontecendo;
2. Sensação de descontrole e impotência. O que leva uma pessoa a cruzar a linha que separa o comportamento não-compulsivo do patológico é uma dúvida que nem os médicos sabem responder. Mas existem estudos que relacionam esta doença às funções da região pré-frontal do cérebro e se acredita que o transtorno é consequência de um desequilíbrio neuroquímico;
3. Preferência por alimentos mais calóricos e "vazios" como os doces, as frituras e as massas;
4. Comer mais rápido do que o normal, na maioria das vezes não deixando tempo para apreciar o sabor dos alimentos, ou seja, sem prazer;
5. Comer até acabar o prato, a embalagem, se sentir cansado ou com mal-estar. A sensação física de desconforto grastrointestinal é freqüente e resulta do grande volume de alimento ingerido;

6. Comer escondido por vergonha. O isolamento social ocorre pela aparência física (é comum casos de obesidade e obesidade mórbida), como pelo tempo para executar e se recuperar dos ataques de compulsão;
7. Após o episódio compulsivo, surgem sentimentos de culpa, frustração, além de auto rejeição o que causa cada vez mais baixa auto-estima e sensação de fracasso. São freqüentes e comuns os sentimentos de vergonha, auto depreciação, culpa, ansiedade e depressão.
A conseqüência mais evidente da compulsão alimentar é o aumento de peso. A maioria apresenta excesso de gordura corporal e obesidade em graus variados, o que freqüentemente resulta em complicações médicas como doenças cardiovasculares, hipertensão, colesterol e triglicérides elevados, diabetes tipo 2 e gota.
 
O que fazer?
Existem duas razões básicas para o alimentar-se: nutrição e prazer. Portanto, alimentar-se é uma decisão consciente.
Comer é colocar qualquer coisa goela abaixo e geralmente não é uma decisão consciente.
Na compulsão nem a nutrição, nem o prazer estão presentes. Geralmente as escolhas não são benéficas ao organismo, e não existe uma satisfação, pois caso existisse aconteceria a saciedade.
O que fazer para mudar? Reconhecer que existe um problema. Reavaliar as crenças sobre a finalidade da alimentação.
Cabem 2 perguntas básicas:
1. Que buraco estou buscando tampar com esta compulsão?
2. Que necessidades estou tentando satisfazer através da comida?

Importante perceber que a pessoa pode ter vontade de comer, sem necessariamente estar com fome. Por isso, se dar a oportunidade – o tempo – para dialogar com o seu corpo e observar se está sentindo fome, ou solidão, tédio, frustração, incapacidade afetiva, etc.
Todos os casos de compulsão, até os mais graves, são tratáveis. Entretanto, o tratamento é multidisciplinar:
  • Um psicólogo irá ajudar o paciente a descobrir os "por quês" do seu comportamento compulsivo e novas maneiras de lidar com as questões psicoemocionais que desencadeiam este tipo de comportamento. Existem relatos de pessoas que se “curaram” com tratamentos tipo “compulsivos anônimos”.
  • Um nutricionista é indicado para a reeducação e planejamento alimentar.
  • Atividades físicas, de lazer, de relaxamento, de meditação e artísticas também serão importantes, não só para desviar a atenção, como também para provocar uma nova alquimia no corpo e no cérebro.
  • Ao mesmo tempo, em último caso, ou seja, dependendo do grau, existem novos medicamentos que  são úteis na redução da compulsão e no controle dos transtornos associados como a ansiedade e a depressão, que podem ser indicados por um médico.
     
O que não fazer?
Não faça dietas restritivas e sem a orientação de um profissional qualificado. Muitas vezes a compulsão alimentar é desencadeada por dietas restritivas.
Não se automedique com drogas para emagrecer, pois elas podem complicar o quadro, muitas vezes de forma irreversível ou letal.
Não se isole socialmente, pois tal comportamento só retroalimenta os “ataques” de compulsão. Jamais deixe de buscar ajuda. Lembre que a ótica do seu cérebro não é real.
Não faça as suas compras quando está mais fragilizado emocionalmente. O que você comprar você irá comer. O certo é ter uma despensa sem muitas tentações.

Fatores de risco
Genéticos: ainda estão sendo estudados, mas já foi comprovado que existe a influência genética hereditária. Estudos já demonstram que a incidência de transtornos alimentares em gêmeos idênticos é maior do que em gêmeos fraternos.
Ambientais: fazer parte de lares ou culturas onde existe um grande consumo de comida, ou onde as pessoas usam a comida como fator agregador.
Metabólicos: segundo algumas pesquisas, certas pessoas apresentariam uma espécie de “falha” no sistema de saciedade. Esse sistema é o responsável por pararmos de comer quando nos sentimos satisfeitos. No caso do compulsivo ele só receberia no cérebro esse estímulo para parar de comer, indicando que o apetite já foi satisfeito, tardiamente. E, já existe uma linha de pesquisa que acredita ser um problema neuroquímico, como o quadro depressivo, onde certos neurotransmissores estão em falta ou indisponíveis.
Culturais: compartilho a opinião do psicólogo Elias Korn, do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp (Proad), que o descontrole compulsivo é uma consequência da sensação de aprisionamento do homem, que precisa seguir regras rígidas no trabalho e em casa. Segundo ele: "a compulsão é uma tentativa de recuperar a autonomia". Ao mesmo tempo existe uma apologia ao consumo selvagem, principalmente de alimentos “vazios” e "engordativos".
Psicoemocionais: a compulsão alimentar é uma doença do organismo como um todo, que compromete o físico, o humor e, em conseqüência, o pensamento. Ela altera a maneira como a pessoa vê o mundo e sente a realidade, entende as coisas, manifesta emoções, sente a disposição e o prazer com a vida. Ela afeta a forma como a pessoa se alimenta e dorme, como se sente em relação a si próprio e como pensa sobre as coisas. Ela é, portanto, como a depressão, uma doença afetiva ou do humor.
http://www2.fcsh.unl.pt/cadeiras/plataforma/foralinha/cyber/data/0/1923/obesidade%20infantil.jpg

pequenos truques que facilitam o emagrecimento

Existem várias maneiras de tornar seu propósito de emagrecimento mais fácil. Praticando os novos hábitos, você até pode (e deve) pedir o apoio e a colaboração dos outros membros de sua família, mas nunca peça a ninguém para controlar você. Afinal, desenvolver bons hábitos alimentares é SUA responsabilidade. É o seu futuro se consolidando em superação e sucesso!

Fazendo compras
  • Programe suas idas ao supermercado ou à feira depois de suas refeições, quando  estará satisfeita e menos sujeita às tentações da fome.
  • Faça uma lista dos alimentos que precisa comprar e atenha-se a ela. Nada de encher o carrinho com bobagens! A despensa é um retrato da sua determinação.
Preparando os alimentos
  • O alimento cru (vegetais) é muito mais integral e portanto saudável. Quando vier aquela onda de fome, procure preparar um suco desintoxicante ou uns palitos de cenoura, beterraba, etc.
  • Evite todo tipo de fritura. Experimente assar, grelhar, cozinhar no vapor ou preparar refogados com um mínimo de azeite.
  • Retire toda a gordura visível das carnes elimine a pele das aves e remova o excesso de gordura dos ensopados e sopas depois de prontos.
  • Dê sabor aos pratos usando ervas, especiarias e molhos de baixas calorias.
Na hora de alimentar-se
  • Planeje cuidadosamente suas refeições de cada dia na noite anterior. Verifique se você tem em casa tudo o que é necessário para seguir sua alimentação consciente e balanceada.
  • Além dos alimentos que compõem suas refeições, tenha à mão petiscos de baixas calo­rias como palitos de cenoura ou de salsão, por exemplo.
  • Não pule refeições na esperança de per­der peso mais depressa. A experiência mostra que a fome excessiva em geral provoca "ata­ques" altamente prejudiciais à geladeira e despensa.
  • Desenvolva bons hábitos alimentares. Condicione-se para alimentar-se sempre sentada, usando prato, garfo e faca. Nunca belis­que em pé, na frente da geladeira, ou enquanto assiste televisão.
  • Alimente-se devagar, mastigando bem cada bocado e engolindo o que tem na boca antes de se servir da próxima garfada.
  • Torne-se sensível ao seu apetite. Pare de comer quando não estiver mais com fome, mesmo que ainda haja comida no prato. Hoje sabe-se que o corpo avisa quando está satisfeito, que é justamente quando a pessoa não sente mais o sabor, ou então o sabor daquele alimento derepente fica alterado, estranho. Neste momento o corpo está avisando que é hora de parar.
  • Não fique morta de culpa só porque comeu um bombom. Acontece. Procure balancear este bombom com uma fatia de queijo branco (ou cottage). Simplesmente procure não reincidir nesse "crime contra si mesma": dê um fim na caixa de bombons e continue firme — você chega lá!

DIETA MENTAL

Extraído da Revista Vida Simples / abril 08 – Editora Abril - Edição 65Matéria DIETA GOSTOSA – escrita por Leandro Quintanilha

Seis dicas de comportamento para quem quer se alimentar melhor:

• PODER E NÃO QUERER. Diga "Obrigado, eu não quero". Quando você recusa um pedaço de bolo com um sofrido "Eu não posso", seu interlocutor se sente incitado a persuadi-lo do contrário.

• PRAZERES LIGHT. Não concentre na comida todas as suas expectativas de prazer. Ler, caminhar e namorar são outras delícias da vida que só queimam calorias.

• ATITUDE TERAPÊUTICA. Remédios para emagrecer são reservados para casos específicos, como os de compulsão alimentar, e podem ser importantes para o sucesso da dieta, quando prescritos pelo médico. Aproveite a dieta para exercitar sua força de vontade, persistência e disciplina.

• A LUZ DE VELAS. Faça da refeição um ritual. Sente-se à mesa, use a toalha que guarda para as visitas, aproveite cada mordida. Comer no piloto automático aumenta os riscos de comer muito. Mesmo no escritório você pode fazer do lanche seu momento especial.

• ESTRESSE A PARTE. Alivie a tensão antes de comer. Respire profundamente três vezes ao se sentar à mesa. Você não deve comer por outro motivo que não seja a fome, o cuidado com a saúde e o prazer. Não deixe a ansiedade e a tristeza escolherem por você.

• REEDUCAÇAO DO LAZER. Mude sua rotina junto com a mudança do cardápio. Em vez de chegar do trabalho e se largar no sofá (e pedir pizza de novo!), faça uma caminhada pelo bairro, brinque com o cachorro. Novas atitudes no cotidiano dão a impressão de que o que mudou não foi só a alimentação, mas a vida.

Como emagrecer rapidamente

Benefícios da soja

A Menopausa, a TPM e a Soja
A menopausa e a tensão pré-menstrual (TPM) são características de alterações hormonais, principalmente no nível de estrógeno no sangue.
As taxas de estrógeno diminuem durante o ciclo menstrual, causando a famosa TPM. Porém na menopausa, quando os níveis de estrógeno no corpo diminuem em até 70%, podem ocorrer muitas alterações fisiológicas: a dificuldade na regulagem da temperatura do corpo como os suores noturnos e as ondas de calor, o ressecamento da pele, o ressecamento da vagina, a insônia, as dores de cabeça, a queda de cabelos, a irritação, a ansiedade e a depressão.
Diante deste quadro de desconforto generalizado, acompanhado de apatia e mudanças de humor, muitas optam pela reposição hormonal feita com medicamentos sintéticos. Esse tipo de tratamento aumenta os riscos da mulher desenvolver um câncer de mama, por exemplo.
Estudos recentes sugerem que alimentos à base de soja podem reduzir tais incômodos. Portanto, antes da decisão pela reposição hormonal para combater os sintomas da menopausa, deve ser considerada uma pequena mudança nos hábitos alimentares.
Pesquisadores australianos, após vários estudos, concluíram que as mulheres que consomem diariamente meio copo de farinha de soja (kinako), o que equivale a 25 gramas de proteína, apresentaram significativa redução nos sintomas da menopausa.
Como já colocado anteriormente, a ingestão da farinha de soja é muito mais efetiva do que as cápsulas isoladas e concentradas de isoflavonas, porque estes fitoestrógenos da soja, apresentam sua melhor performance quando integrados a proteína e todos os demais componentes da soja.
Observar na Tabela abaixo o teor de isoflavonas na soja e alguns de seus derivados.
A descoberta explica por que mulheres asiáticas sofrem muito menos com a menopausa. As japonesas, por exemplo, consomem entre 50 e 70 g de soja ou derivados por dia. Convém lembrar também que, juntamente com hábito alimentar do consumo da soja, o oriental ingere mais alimentos integrais, vegetais e peixes.
As isoflavonas, apesar da semelhança com o estrógeno humano ou sintético, apresentam atividade cerca de 100.000 vezes mais fraca, não causando a desvantagem de provocar efeitos colaterais.
 
TABELA – Teor isoflavonas na soja e derivados
Alimento Teor de isoflavonas total (µg/g base seca)
Soja feijão 2.329
Broto de soja 19.131
Soja hortaliça 562
PTS 2.963
Kinako 2.438
Leite de soja 95 - 143
Tofu 239 – 251
Missô 228
Tempeh 538

A Osteoporose e a Soja
A osteosporose é uma dificuldade na saúde dos ossos, causada pela perda de massa e resistência dos ossos, enfraquecendo-os, tornando-os porosos e mais propensos a fraturas. Hoje se sabe que ela atinge homens e mulheres, nas mais diversas idades, mas as principais vítimas são as mulheres na pós-menopausa.
Mulheres na pós-menopausa são as principais candidatas à osteosporose, quando estão desprotegidas então pelo declínio dos níveis de estrógeno, um hormônio que inibe as perdas ósseas.
Mas, num processo natural, depois dos 30 anos, os ossos começam a parar de crescer e absorvem menos cálcio.
Entretanto, outros fenômenos também podem acelerar ou pré-dispor pessoas mais jovens à osteoporose, como uma alimentação e hábitos antagônicos à formação e/ou manutenção dos ossos.
Existem inúmeras causas associadas a osteosporose, e uma das mais importantes é a ingestão de cálcio. Pesquisas recentes têm revelado que mulheres entre 19 e 50 anos de idade consomem cerca de 500 mg de cálcio diariamente, enquanto meninas adolescentes, consomem menos que 2/3 do valor diário que é de 700 mg/cálcio/dia.
Neste aspecto, a soja apresenta elevado teor de cálcio, mas seu aproveitamento é parcial pela presença do ácido fítico, que tende a formar fitato com cátions divalentes como o cálcio, ferro, zinco e magnésio. E este é um dos motivos pelo qual, o consumo da soja e seus derivados, deve ser integrado com frutas e vegetais. Mas existem outros aspectos muito positivos que indicam o consumo da soja na prevenção e tratamento da osteoporose.
Os ossos são extremamente dinâmicos e estão em constante renovação celular. Cerca de 15% da massa total dos ossos é substituída anualmente, e aproximadamente 7 gramas de cálcio sai e entra nos ossos todos os dias. Embora a ingestão de cálcio seja importante, a quantidade de cálcio retido pelo organismo é determinante para a saúde dos ossos.
Um dos fatores que aumenta a perda de cálcio pela urina é a qualidade da proteína. Observe-se o fato de que em países onde o consumo de proteína animal é mais elevado, o índice de fraturas também é maior.
Em comparação, a proteína da soja produz menor excreção de cálcio pela urina. Por exemplo: estudo demonstrou que indivíduos que consumiram apenas proteína animal excretaram 150 mg de cálcio/dia, e os indivíduos que consumiram apenas proteína de soja excretaram 13 mg por dia.
O consumo de 40 gramas de proteína de soja por dia, durante 6 meses produziu resultado positivo, com ganho de resistência óssea, em um grupo de teste de mulheres na pós-menopausa.
Estudos realizados na Universidade de Illinois, Urbana - EUA, têm demonstrado que mulheres que consomem soja com freqüência apresentam aumento na densidade dos ossos da coluna vertebral, e sinalizam um papel importante dos isoflavonóides da soja na manutenção da saúde dos ossos.
Uma curiosidade: a daidzeína, um isoflavonóide da soja, é muito similar a uma droga largamente utilizada na Ásia e Europa para tratar osteosporose.
Inúmeros fatores podem afetar a saúde dos ossos, como a fundamental prática de atividade física ou caracteres hereditários.
Entretanto muitos estão associados com a dieta e a soja pode contribuir com a saúde dos ossos porque:
  • É fonte de cálcio de fácil absorção, principalmente se enriquecida com frutas, legumes e verduras.
  • A proteína da soja afeta favoravelmente o metabolismo do cálcio, por não necessitar de elevada carga ácida para a sua digestão.
  • Os isoflavonóides da soja são inibidores da perda óssea, principalmente se ingeridos a partir da soja integral..
A Memória e a Soja
À medida que nossa população envelhece aumenta o número de pessoas com perda progressiva e intensa de memória. Ocorre uma lenta e contínua degeneração das células cerebrais, conduzindo aos quadros de demência. Infelizmente pouco se pode fazer por tais pacientes depois que o quadro já está instalado, e a única e melhor alternativa atualmente é a prevenção.
As últimas pesquisas têm mostrado que a proteína da soja melhora a memória bem como a atividade do cérebro como um todo. Se considerarmos o Japão, onde a ingestão da proteína da soja é muito maior que no ocidente, a taxa de incidência de Alzheimer e outros tipos de demência são bem menores.
Como já demonstrado anteriormente, a soja e seus derivados integrais, são alimentos ricos em óleos nutricionais, fosfolipídios e fitosteróis, substâncias que podem afetar positivamente o desenvolvimento cerebral, incluindo a memória e a inteligência.
Pesquisas científicas têm demonstrado que a lecitina, o principal representante dos fosfolipídios da soja, é altamente benéfica na recuperação da estrutura dos nervos, pode prevenir e melhorar dificuldades com a memória, especialmente a perda moderada de memória associada com o envelhecimento.
O consumo diário da soja, dos seus derivados que preservam a fração oleosa, como também da lecitina de soja, pode incrementar a memória de adultos normais e ajudar a reduzir os "momentos de perda temporária de memória".
 
Receita Kinako - Farinha integral de Soja
Ingrediente: 1 kg de grão de soja escolhidos
Preparo: Deixe os grãos de molho em água por 8 horas ou toda a noite. Escorra, elimine a água e coloque os grãos em uma assadeira rasa média. Torre em forno baixo, pré-aquecido, por 30 minutos ou até obter grãos torrados. Mexa de vez em quando, com o auxílio de uma colher de pau, para que não queimem, até que as cascas dos grãos soltem com facilidade. Retire do forno e deixe esfriar. Moa os grãos no liqüidificador ou em máquina de moer carne.
Peneire a farinha obtida, utilizando uma peneira fina. Armazene esta farinha integral de soja em recipiente seco e com tampa. Mantenha na geladeira. Atenção: Por ser integral sua validade é de somente 30 dias.
Consumo ideal: 1 COLHER DE SOPA/DIA batida em sucos desintoxicantes, vitaminas, granolas, etc.

Peso ideal

Na décadas de 60 e 70, a regra era rígida: o ideal era pesar dez quilos a menos do que a altura. Ou seja, uma mulher com 1,70 m de altura não devia passar dos 60 quilos. Felizmente, os tempos mudaram. As tabelas modernas levam em conta uma série de fatores, como a idade e o seu biotipo, e consequentemente são mais flexíveis.
Uma das formas de saber se você está acima do peso ideal é encontrar o seu IMC, ou Índice de Massa Corporal. A fórmula é simples: peso, dividi­do pelo quadrado d altura. Por exemplo: uma mulher de 33 anos com 70 kg e 1,70 m de altura vai ter um IMC de 24,2: 70 quilos divididos por 1,70 x 1,70 = 24,2.
De acordo com a tabela abaixo, ela está na faixa de peso considerada normal.
Biotipos FEMININOS
Existem mulheres de todas as formas e tamanhos, mas há uma tendência para um dos três tipos descritos a seguir. É fácil identificar essa estrutura básica, embora os contornos pos­sam ser alterados por doenças, desnutrição, dietas, musculação ou cirurgias plásticas.
Endomorfo
Quando a mulher do tipo endomorfo, geralmente, ganha peso com muita facilidade. Ela tende a ter a forma de uma maçã e ganha peso principalmente em torno do abdomen. Suas pernas são mais curtas do que o tronco, os pés são pequenos e os seios tendem a ser maiores que o padrão normal. O tipo endomorfo tem estrutura óssea delicada e rosto mais arredondado.
Ectomorfo
Quando magras, têm uma forma bem longilínea e alta.
As pernas são longas em relação ao tronco e a estrutura óssea é forte.
Esse biotipo não ganha peso com facilidade, mas quando isso acontece, o peso se distribui por igual pelo corpo, em vez de se concentrar em determinados pontos.
Mesomorfo
Com seu formato de pêra, o tipo rnesomorfo é o corpo feminino mais típico.
Os quadris são mais largos do que os ombros e as pernas têm o mesmo comprimento do tronco. Ganham peso primeiro nas coxas, e em seguida nos quadris e nádegas.

Índice de Massa Corporal relacionada à idade
Consulte a tabela a seguir, que foi adaptada para os padrões da mulher brasileira. Encontre a faixa de peso para sua idade e altura. Repare que para cada idade e altura, existe uma variação de peso, que corresponde aos diferentes biotipos. Para quem quer utilizá-la como base, lembre-se:
1. Planeje emagrecer até atingir o limite superior da faixa de peso do grupo a que você pertence.
2. Depois de ter alcançado esse limite superior, você poderá decidir se esse peso é aceitável para você ou se deverá continuar perdendo alguns
quilos, que a levarãoàmédia ou ao limite infe­rior da faixa de peso para sua idade e altura.

IDADE (anos)
IMC IDEAL
19 a 24
19-24
25 a 34
20-25
35 a 44
21-26
45 a 54
22-27
55 a 64
23-28
> 65
24-29

Agora que você já sabe como calcular seu peso ideal, seja honesta. Será que precisa mesmo perder peso ou apenas não está satisfeita com o seu corpo, apesar de ter peso adequado para sua idade e altura?
Fique alerta para os sinais da anorexia nervosa, um grave transtorno causado por uma imagem distorcida do próprio corpo. Existem mulheres que, apesar de magras, continuam se achando gordas e só pensam em emagrecer mais e mais.
Em decorrência de dietas rígidas e desequilibradas, acabam sofrendo as consequências de uma desnutrição grave: anemia, ausência de menstruação, hipoglicemia, pele seca e sem vida, cabelos fracos e quebradiços.
Para simplificar calcule aqui seu IMC agora!
Mas, quanto pesa o seu excesso de gordura corporal?
Tenho frisado bastante, para você refletir sobre a diferença entre emagrecer e perder excesso de gordura corporal.
Pensar também que este excesso de gordura corporal é extamente aquele que mais desejamos "emagrecer", pois normalmente é localizado no abdome, ou culote, ou mamas, ou bumbum, ou nas costas e cada um com seu dilema.
Na hora de emagrecer, tudo fica magrinho, menos a gordura localizada. Na hora de engordar, aquele "lugarzinho" é onde a gordura se manifesta primeiro. Não é assim?
Bem, na alimentação balanceada a proposta e perder exatamente esta gordura, a localizada, aquela que está sobrando.
Bem, então saiba agora como calcular este excesso. É só você colocar seus dados como:
- Altura em centímetros.
- A medida do abdomen, que deve ser feita exatamente em cima do umbigo.
- A medida do quadril, que deve ser a maior leitura, ou seja, a medida da parte mais larga de seu quadril.
E por último, confira esta tabela abaixo, que dá uma idéia de peso ideal para mulheres de diferentes estaturas, apesar de não diferenciar muito pela idade após 25 anos.
Faixa de peso ideal para mulheres brasileiras (em quilos)
                                                  Idade em anos
Altura (cm)
25 a 70
23 a 24
21 a 22
19 a 20
18
137-139
40-48
39-47
39-47
38-46
38-45
140-141
41-49
40-48
39-47
39-46
38-46
142-144
42-49
41-48
40-48
40-47
39-46
145-146
43-50
42-49
41-48
41-47
41-46
147-149
44-51
43-51
42-50
42-48
41-48
150-151
45-53
44-52
43-51
43-51
42-50
152-154
46-54
46-53
45-52
44-51
44-51
155-156
48-56
47-55
46-54
46-53
46-53
157-159
49-57
49-57
48-56
48-55
47-54
160-162
51-59
50-59
49-58
49-57
48-57
163-164
52-61
51-61
51-60
50-60
50-59
165-167
54-63
53-63
52-62
51-61
51-61
168-169
56-65
55-65
54-64
53-63
53-62
170-172
57-67
56-66
56-66
56-65
55-64
173-174
59-69
58-68
57-67
56-66
56-66
175-177
61-71
61-70
60-69
60-68
59-67
178-179
63-72
62-72
62-71
61-70
61-69
180-182
65-74
64-74
64-73
63-72
63-71
183-184
66-76
66-76
66-75
65-74
65-73
185-187
68-78
68-77
67-76
67-76
66-75
188
70-80
70-79
69-78
69-77
68-76
 peso

Recolhimento Sagrado do Feminino

Observando os ciclos de nosso corpo, entramos em sintonia com o corpo maior e organismo vivo e pulsante que é a Mãe Terra. Nós, mulheres, carregamos em nosso corpo - nosso útero - todas as Luas, todos os ciclos, o poder do renascimento e da morte. Aprendemos com nossas ancestrais que temos nosso tempo de contemplação interior quando, como a Lua Nova, nos recolhemos em busca de nossos sonhos e sentimentos mais profundos. As emoções, o corpo, a natureza são alterados conforme a Lua gira em torno da Terra.
Nas tradições antigas, o Tempo da Lua era o momento em que a mulher não estava apta a conceber, era um período de descanço, onde se recolhiam de seus afazeres cotidianos para poderem se renovar. "É o tempo sagrado da mulher", o período menstrual, conforme nos conta Jamie Sams, "durante o qual ela é honrada como sendo a Mãe da Energia Criativa". O ciclo feminino é como a teia da vida e seu sangue está para seu corpo assim como a água está para a Terra. A mulher, através dos tempos, é o símbolo da abundância, fertilidade e nutrição. Ela é a tecelã, é a sonhadora.
Nas tradições nativas norte-americanas há as "Tendas Negras", ou "Tendas da Lua", momento em que as mulheres da tribo recolhem-se em seu período menstrual. É o momento do recolhimento sagrado de comtemplação onde honram os dons recebidos, compartem visões, sonhos, sentimentos, conectam-se com suas ancestrais e sábias da tribo. São elas que sonham por toda a tribo, devido ao poder visionário despertado nesse período. O negro é a cor relacionada à mulher na Roda da Cura. Também são recebidas nas tendas as meninas em seu primeiro ciclo menstrual para que conheçam o significado de ser mulher. Esse recolhimento não é observado somente entre as nativas norte-americanas, mas também entre várias outras culturas.
Diversos ritos de passagem marcam a vida de meninas nativas no seu primeiro ciclo menstrual. Entre os Juruna, quando a Lua Nova aponta no céu, é momento de as meninas se recolherem para suas casas. As meninas kanamari, do Amazonas, também ficam reclusas enquanto dura seu primeiro sangramento, sendo alimentadas somente pela mãe. Assim ocorrem com as meninas tukúna que nesse período de reclusão aprendem os afazeres e a essência do que é ser uma mulher adulta. Observa-se, em alguns casos, como parte do rito, cortar o cabelo e pintar o corpo de negro. São ritos de honra à mulher, e não o afastamento das mesmas pela impureza, como foi mal-interpretado por muitas outras culturas, principalmente a nossa ocidental extremamente influenciada pelos valores cristãos.
Nossos corpos mudam nesse período, fluem nossas emoções e estamos mais abertas a compartilhar com outras mulheres, como uma conexão fraternal. Ao observarmos nossos ciclos em relação à Lua, veremos que a maioria das mulheres que não adotam métodos artificiais de contracepção e que fluem integradas ao ciclo lunar, têm seu Tempo de Lua durante a Lua Nova.
É importante observarmos como fluímos com a energia da Lua e seus ciclos, e em que período do ciclo lunar menstruamos. A menstruação é um chamado do nosso corpo ao recolhimento, assim como a Lua Nova é um período de introspecção, propício ao retiro e à reflexão. A Lua Cheia proporciona expansão e, se nossos corpos estão em sintonia com as energias naturais, é o período em que estaremos férteis.
Quantas mulheres atualmente deixaram de observar os ciclos do próprio corpo? Quantas deixaram de conectar-se com as forças da natureza, deixaram de lado a riqueza desse período de introspecção, recolhimento e contemplação de si mesmas? No nosso Tempo de Lua sonhamos mais, estamos mais abertas à sabedoria que carregamos de nossas ancestrais. Aproveite esse período para conhecer e explorar seu interior, agradecendo os dons e habilidades que possui.
Compartilhe com outras mulheres esses momentos sagrados de respeito e fraternidade. Ouse sonhar e exercer seu lado visionária. Note que ao estar em conexão com todas as mulheres e com a própria Mãe Terra, muitos sintomas tidos como incômodos vão desaparecendo. Muitos destes sintomas são a rejeição desse período. Com a competição resultante dos valores da sociedade moderna, muitas de nós esqueceram de ouvir a si mesmas, de sentir a necessidade de seus próprios corpos e corações.
Para finalizar, segue um trecho sobre a Tenda da Lua, de Jamie Sams, falando-nos sobre a importância desse ciclo de religação com a Terra e a Lua:
"O verdadeiro sentido dessa conexão ficou perdido em nosso mundo moderno. Na minha opinião, muitos dos problemas que as mulheres enfrentam, relacionados aos órgãos sexuais, poderiam ser aliviados se elas voltassem a respeitar a necessidade de retiro e de religação com a sua verdadeira Mãe e Avó, que vêm a ser respectivamente a Terra e a Lua. As mulheres honram o seu Caminho Sagrado quando se dão conta do conhecimento intuitivo inerente a sua natureza receptiva. Ao confiar nos ciclos dos seus corpos e permitir que as sensações venham à tona dentro deles, as mulheres vêm sendo videntes e oráculos de suas tribos há séculos. As mulheres precisam aprender a amar, compreender, e, desta forma, curar umas às outras. Cada uma delas pode penetrar no silêncio do próprio coração para que lhe seja revelada a beleza do recolhimento e da receptividade."http://www.docelimao.com.br/site/images/stories/menopausa3small.jpg